Rede Blockchain oferece segurança em um nível praticamente inviolável
Sem dúvida alguma, ao longo dos últimos anos, as criptomoedas têm se destacado imensamente quando se trata de possibilidades de investimentos. Mas não só isso. O entendimento da magnitude e do poder da “blockchain” tem igualmente se tornado mais e mais relevante. Se você quer comprar e vender Polygon ou outra criptomoeda, por exemplo, a blockchain é essencial para esse objetivo.
No entanto, a blockchain não é apenas uma ferramenta subjacente às criptomoedas. A sua empregabilidade já estabeleceu segurança em diversas áreas, que vão desde o simples registrar de informações até o gerir cadeias de suprimentos. Quer entender o potencial da blockchain em si? Continue a leitura!
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Blockchain: o livro-razão das criptomoedas
Você já viu alguma publicação que compara a blockchain com um livro-razão de cartório? Se sim, a comparação faz realmente sentido, pois a tecnologia registra toda e qualquer transação feita com uma criptomoeda, bem como seus detalhes.
Nela, os registros são organizados e estruturados em blocos, os quais se apresentam sequencialmente, exatamente como uma cadeia de blocos — a nomenclatura vem justamente daí. Esses blocos, por sua vez, armazenam vários dados sobre as transações, incluindo, mas não se restringindo, às seguintes informações:
- Data e horário da transação;
- Hash da operação;
- Endereços de quem enviou e recebeu a operação;
- Valor (em criptomoeda);
- Número de confirmações na blockchain.
Cada e toda blockchain possui um histórico completo e bem detalhado de todas as operações e transações efetuadas em sua rede a partir do seu lançamento. O Bitcoin, por exemplo, tem mais de 840 mil blocos com transações desde 3 de janeiro de 2009, ano em que foi lançado.
Onde a blockchain é revolucionária?
A imutabilidade é, indiscutivelmente, o aspecto mais relevante quando se trata de promover segurança na blockchain. Ou seja, as transações feitas na rede são permanentes. Ninguém pode cometer nenhuma fraude ou modificar qualquer transação na blockchain.
Para fazer isso, um atacante precisaria reunir mais poder computacional do que o poder dos nós que validam as transações. No caso do Bitcoin, a rede já acumula mais poder computacional do que todos os supercomputadores que existem na Terra, de modo que é praticamente impossível realizar qualquer fraude.
Por isso, a blockchain é uma ferramenta que serve não apenas para transacionar valores, mas para fazer uma série de outros registros. Veja a seguir algumas das principais funções da blockchain.
Registro de autenticidade
Toda blockchain possui contratos inteligentes, programas que executam ações automaticamente quando determinadas condições são atendidas. Algumas, como o Bitcoin, possuem contratos mais simples, enquanto outras, como o Ethereum, permitem aplicações mais complexas.
Entre as aplicações da blockchain está o registro de autenticidade de documentos, que pode ir desde a autoria de um livro até a escritura de um imóvel. Você pode assinar uma transação autenticando esse documento em blockchain utilizando, por exemplo, a chave privada da sua carteira.
Com isso, somente você conseguirá provar que é o autor de uma obra ou dono de um imóvel assinado com essa chave. E o fato de as transações em blockchain serem à prova de fraudes significa que ninguém pode copiar sua assinatura ou roubar a posse de seu documento.
No Brasil, a Lei n.º 14.063, de 23 de setembro de 2020, regulamenta o uso de blockchain como uma ferramenta válida para comprovar a data e a hora de uma transação. Ela também reduz os custos com transação, contrapondo as taxas elevadas de registro da maioria dos documentos.
Identidade digital
Se você tirou o novo RG brasileiro, sabe que ele possui tanto uma versão física quanto digital, esta última disponível no aplicativo gov.br. Mas a blockchain também permite criar identidades digitais, e com um grau maior de segurança.
Como na blockchain é você que tem o controle das chaves privadas, seus dados estão 100% nas suas mãos. Isso tem importância fundamental, pois dá ao indivíduo o poder de decidir com quem deseja compartilhar seus dados, reduzindo a possibilidade de fraudes, roubos e vazamento de dados.
E o melhor de tudo é que a blockchain é uma tecnologia universal e sem fronteiras entre países. Logo, uma identidade digital feita dessa forma pode ter validade em qualquer lugar do mundo e facilitar a checagem de dados, o que reduz tempo de fiscalização entre fronteiras, por exemplo.
Cadeias de suprimentos
Em 2018, virou uma “febre” dizer que a blockchain era a solução para tudo, sobretudo nas cadeias de suprimentos. Muitos exageros ocorreram naquela época, mas, sim, a blockchain é amplamente utilizada para rastrear a origem e a autenticidade de produtos em grandes redes.
Por exemplo, imagine que uma grande rede de supermercados deseja introduzir uma forma de autenticar a origem de uma carne, garantindo que ela atenda aos padrões de qualidade. A rede pode utilizar a blockchain para monitorar o percurso dos alimentos, desde o produtor até o consumidor.
Esse monitoramento pode ocorrer a partir do registro de cada etapa, incluindo eventuais problemas que podem afetar a produção. Como a blockchain é uma cadeia contínua e imutável, a rede de supermercados pode identificar rapidamente problemas, como lotes contaminados ou erros de contagem no estoque.
Por isso, o uso da blockchain se disseminou entre várias áreas que precisam de um alto grau de confiabilidade e segurança. Sua imutabilidade e o fato de ser uma tecnologia confiável fazem da blockchain uma das maiores promessas em termos de prevenção contra fraudes e controle de qualidade de produtos.